Pense como Criança. Toda vez em que o apóstolo
encontrava alguém, ele procurava pensar da maneira como aquela pessoa pensava
para ganhá-la para o Senhor (1Corintios 9:19-23). Quando falava aos judeus,
Paulo “procedia como judeu”. É bem provável que se referisse á sua procedência
judia; sem duvida mostrou respeito e conhecimento das leis e costumes todas as
leis judaicas. Quando se aproximava de alguém “fraco” – alguém que estivesse
passando dificuldades – ele “se fazia fraco”. Paulo talvez mencionasse os seus
sofrimentos pessoais, para que o ouvinte soubesse que o apóstolo tinha condições
de compreendê-lo. A partir desse ponto, ficava mais fácil explicar os meios
pelos quais Jesus pode ajudar as pessoas aflitas com algum problema.Para ser
realmente eficaz em alcançar as crianças para Cristo, cada professor deve
tornar-se “como uma criança”. Não se esqueça de que as crianças não possuem o
mesmo conhecimento, capacidade de raciocínio, ou experiência dos adultos. Á
medida que ensina, procure imaginar o quadro que a criança forma em sua mente
de acordo com a informação que dá a ela. Para isto, você e eu devemos usar
T-A-T-O: Podemos aprender a Pensar como as Crianças!Preste Atenção no
Vocabulário da Criança. Os quadros mentais formados pela criança são
influenciados por objetivos ou costumes familiares. O que as crianças vêem
quando você diz: “Jesus derramou seu sangue por você? Elas podem pensar
imediatamente no leite que ela derramou quando o copo virou na mesa, na hora do
café. Você deve então considerar cuidadosamente as palavras que usa e explicar
qualquer uma que possa causar mal-entendidos. Vai dizer-lhes que: Jesus deu o
seu sangue quando morreu na cruz (Hebreus 9.22; Mateus 26.28).O que eles
visualizam quando você conta que Jesus usou eram cinco pães e dois peixes para
alimentar as multidões? Provavelmente pensarão em pães como os que as mães
compram na padaria. Todavia, os “pães” que Jesus usou eram pequenos, redondos,
e achatados como os pães sem fermentos. Você talvez possa encontrar ou fazer um
desenho, mostrando como seriam os pães ou levar alguns pães sem fermento para a
classe. É possível que eles nem conheçam o termo multidões. Portanto, ao contar
a história, explique com gestos e sinônimos que “multidões são grupos e mais
grupos de pessoas, muitas delas, milhares!”. A sua familiaridade com um relato
bíblico pode fazê-lo pensar que a Escritura é auto-explicativa. Por exemplo: “É
dos pecados que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios” (Mateus 14.20).
Esta passagem não diz necessariamente à criança como terminou a história dos
cinco mil alimentos. O que o verbo “recolher” significa para as crianças? E
sobejaram? Use suas próprias palavras; coloque as histórias bíblicas em
linguagem simples e moderna. Quando os discípulos começaram a recolher todos os
pedaços que sobraram dos pães e dos peixes, eles ainda ficaram com doze cestos
cheios!Apresente os Conceitos Abstratos com Cuidado.As crianças pequenas pensam
concretamente, ligando as palavras a objetivos ou experiências sensoriais (
vista, som, odores,etc.) em seu mundo diário. Elas acham as idéias abstratas
difíceis de entender. Todavia, as verdades bíblicas relativas á Salvação e ao
crescimento espiritual tendem a ser abstratas. Como podemos apresentar esses
conceitos às crianças? Dando uma explicação adequada e oferecendo exemplos que
irão capacitá-las a associar a idéia abstrata a um comportamento ou evento
concreto. Confiança é uma idéia abstrata, mas as crianças podem entendê-la
quando ouvem exemplos como estes: Se você subir numa árvore e não puder descer,
precisa de alguém de confiante para ajudá-lo, não é? Você ouve seu pai que está
lá embaixo dizer: - Pule que eu pego você. Você sabe que ele é forte. -
Acredito que você me pega, papai – você responde, mas mesmo assim não pula.-
Pule – diz ele novamente. – Sou forte e amo você, vou pegá-lo. Você
provavelmente vai dizer: - Está bem. Lá vou eu!Você pula porque acredita que
seu pai segurá-lo antes que caia no chão: Você responde, mas mesmo assim não
pula. Confiar significa colocar sua completa confiança em Deus e nas suas
promessas; significa considerar confiável ou verdadeiro. Depois da atitude de
confiança, a ação é o próximo passo. Sua ação prova que confiou Quando você
confia em Deus para ajudá-lo na sua tarefa de casa, não crê somente na ajuda
d'Ele; mas prova a sua confiança pedindo que o auxilie e depois começa a estudar,
esperando que o oriente enquanto trabalha. A misericórdia é outro conceito
abstrato. Ter misericórdia é suspender o castigo e mostrar bondade quando esta
é imerecida. Você explicaria a misericórdia para uma criança de seis anos, como
o faria a uma de doze? Não. A de doze anos talvez só precise da definição, mas
a de seis anos exigiria uma explicação mais completa em termos mais simples.
Apresente a ela um retrato verbal completo:O que é misericórdia? Misericórdia é
não ser castigado – embora você mereça o castigo. Vamos dizer que haja uma
regra em sua casa que você deve guardar seus jogos logo que acabe de brincar
com ele. Se não fizer isso, será castigado. Você esquece de recolher as peças
do jogo. De fato, você o deixa bem no meio da sala. Mas, dessa vez sua mãe
decide não castigá-lo apesar da sua desobediência. Sua mãe usou de misericórdia
com você. Deus mostra a sua misericórdia para nós de modo parecido com este.
Embora mereçamos ser castigados pelos nossos pecados, Ele nos perdoa porque
Jesus morreu por nós. Escolha verdades abstratas em espíritos de oração.
Verifique se são apropriadas à idade dos alunos. Algumas podem estar além do
entendimento mental de certas faixas etárias. Uma criança de cinco anos pode
compreender que Jesus é o pão da Vida? Ou deixará de pensar que pode alcançar a
Vida Eterna se comer algum tipo especial de pão? Estas são perguntas que vale a
pena considerar. Confie em Deus para receber sabedoria que o ajude a discernir
quais os conceitos a apresentar à sua classe e como apresentá-los.Tenha em
Mente o Ambiente da Criança. A fim de pensar como a criança, você precisa também
descobrir o ambiente em que cada uma vive e determinar como ele afeta as
percepções dela. Ela está crescendo na cidade ou no campo? Quais são seus
antecedentes éticos ou culturais? Qual o seu nível de estudo? As experiências
cumulativas de cada criança influenciam sua compreensão do que você está
dizendo.Não esqueça também o grau de exposição da criança à Palavra de Deus. O
que sabe sobre a Bíblia? Ela pertence a um lar cristão onde a leitura bíblica
faz parte da vida diária, ou a uma família que não faz parte da igreja e nem
sequer possui uma Bíblia? Há quanto tempo ela frequenta a Escola Bíblica
Dominical, a igreja, ou a uma turminha da bíblia? Ela tem Bíblia? Lê a mesma
regularmente? A criança familiarizada com a Palavra de Deus terá muito mais
facilidade de compreensão do que a que não teve contato com a Bíblia. Procure
saber os diversos níveis de exposição enquanto ensina. Uma referencia a Davi e
Golias que, num grupo de crianças que conhece a Escritura, possibilitaria você
a enfatizar um ponto sobre o poder de Deus para realizar o impossível, não
teria significado para um grupo com pouco conhecimento bíblico.À medida que
você se torna sensível ao vocabulário das crianças, considera o estágio de
desenvolvimento mental delas e aprende sobre o ambiente individual de cada uma,
começará a mostrar T-A-T-O, a pensar como as crianças. Confie então no Espírito
Santo para honrar os seus esforços e usar você para ensinar as verdades
maravilhosas de Deus às crianças. Professor Você é Integro?Como você
responderia a estas perguntas difíceis?• Você alguma vez telefonou dizendo que
estava doente quando não estava?• É necessário dizer a um balconista que ele
está cobrando menos do que devia?• Você costuma enfeitar um acontecimento para
torna-lo mais interessante?• Supondo que o governo não tivesse meios de
descobrir determinada fonte de renda, é permissível não incluí-la em sua
declaração? • É certo levar uma toalha, sabonete, ou outra “lembrança” de um
quarto de hotel ou restaurante, desde que tais coisas foram embutidas no
preço?• É certo dizer “mentiras brancas” quando elas fazem as pessoas se
sentirem bem a respeito de si mesmas?Quando você lida com questões desse tipo,
está tratando de assuntos de integridade, idoneidade. O que é integridade? É
retidão, honra, honestidade, probidade, veracidade, bondade, responsabilidade,
fidelidade, confiabilidade, sinceridade, É cada uma dessas qualidades e mais
ainda. Integridade é inteireza moral.Os seus padrões morais fazem parte da sua
vida?Um olhar para os outros membros da família de palavras da integridade pode
ajudar-nos a compreender melhor o conceito. Vejamos íntegro ou integrar, por
exemplo. .Íntegro: É um número inteiro em contraste com uma fração; as pessoas
integrar possuem inteireza intima, elas não estão divididas por
dentro.Integrar: É tecer ou combinar entidades separadas em um todo ou unidade:
Homens, mulheres, meninos e meninas com integridade são indivíduos cujos padrões
morais fazem parte da sua vida. .Eles possuem convicções firmes sobre o que é
certo e as seguem todo o tempo, em cada aspecto da vida, não importa onde ou
com quem estejam. As pessoas íntegras são aquelas cuja vida é caracterizada
pela excelência moral.Elas não comprometem seus padrões para obter lucro
pessoal (Provérbios 28.6). Por mais que desejam o sucesso financeiro e a
aprovação de outros, os homens e mulheres íntegros se recusam a enganar: Não
prejudicam um colega para obter o favor do chefe, não mentem a respeito da
condição de um carro usado, não fraudam as reclamações de seguro. Irão
silenciosa e amorosamente vencendo o constrangimento ou perda.Você talvez não
seja popular, mas obterá confiança.Tenha como alvo a integridade na sua vida
pessoal. A etiqueta de preço pode ser alta, mas trará boas compensações, uma
das quais é a confiança. A integridade irá suprir a base firme a qual você pode
construir relacionamentos sólidos. Isto nos leva então á questão do ensino de
crianças.Como a integridade está ligada ao ensino de crianças? A confiança é um
elemento essencial dos relacionamentos sólidos. Só quando os alunos passam a
confiar em você, eles vão aceitar o que você tem para transmitir. Como pessoa e
como professor íntegro, você deve constantemente mostrar-se digno de
confiança.Integridade no Ensino: Uma Questão de Dizer e Fazer.Comece dizendo o
que você vai fazer. A seguir, não deixe de fazer o que disse. Isso parece
simples, mas é na verdade difícil porque há muitas maneiras de “dizer” o que
faremos.Ao assumir a responsabilidade de ensinar, você está “dizendo” que vai
estudar diligentemente a Bíblia e o material da lição. As lições que você
apresenta, os versículos que explica, os jogos que planeja representam o melhor
dos seus esforços? Eles mostram que você tem integridade? Aceitar uma classe é
também “dizer” que estará presente na hora marcada (e até mais cedo!). É
“dizer” que será um bom exemplo para os do seu grupo. É dizer, “Podem contar
comigo”. As crianças precisam de adultos com quem possam contar, até mesmo nas
pequenas coisas.As crianças aprendem mediante o que ensinamos a elas, mas
aprendem muito mais pelo que lhes mostramos. Precisamos honrar até mesmo as
menores promessas que fazemos às crianças. Por exemplo, se você prometer aos
alunos que terá uma surpresa para eles na próxima semana, não ouse esquecer!
Eles estarão esperando ansiosos. E quando você mostra integridade ao cumprir a
sua palavra, está ensinando a eles que devem também cumprir a sua palavra.As
Suas Palavras e Atos Estão de Acordo com a Palavra de Deus?Nossos atos devem
estar de acordo com as nossas palavras e também com a palavra de Deus. Peça ao
Senhor que o ajude a comportar-se diante dos alunos de maneira agradável a Ele
e conforme os princípios que você está ensinando. Se costuma repreender uma
criança com facilidade, não espere grandes resultados de uma história sobre
como conter o seu gênio. Do mesmo modo, apresentar uma lição sobre mostrar
amizade será inútil se você não cumprimenta e trata as crianças cordialmente.
Mesmo depois de conhecermos o Senhor, devemos lutar com a nossa carne pecadora.
Todos os dias, cada um de nós, até certo ponto, entram no “palco”. Tentamos nos
apresentar como pessoas sempre verdadeiras, honesta, bondosa, generosas,
confiáveis, todavia, às vezes esticamos a verdade, fazemos um comentário pouco
bondoso, ficamos com algo que não é nosso, ou deixamos de cumprir uma promessa.
Nos tornamos então divididos – hipócritas, usando máscaras. A integridade paira
muito acima de nós, uma impossibilidade inacessível. Mas, não é.Mantendo a
Integridade Quando Você Falha Mesmo quando agimos mal, podemos mostrar
integridade sendo verdadeiros com Deus e conosco mesmos. Ser perfeito não é a
chave para ser um individuo íntegro; a chave é prestar sempre contas a Deus. Quando
falhar, admita. Trate com o seu pecado imediatamente. Confesse-o a Deus e,
quando necessário, peça perdão a outros e faça restituição. A seguir perdoe a
si mesmo e mantenha seu coração aberto para Deus. Ouça a promessa consoladora
dele: ”Porque assim diz o Alto, Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o
nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e
abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o
coração dos contritos” (Is 57.15). Note que não há menção do “perfeito”. Em vez
disso, nosso Deus misericordioso está procurando homens e mulheres que
enfrentam humildemente o seu pecado com corações quebrantados. (Veja também
Salmos 34.18/ Isaías 66.2)Você mostra integridade quando admite seu pecado a
Deus. Ele já sabe – Vê você como é, quer goste disso ou não. Aprenda a
encontrar alegria no total conhecimento que Ele tem de cada pensamento, palavra
e ato seu. Deus o aceita e ama; Ele está disposto a trabalhar com você, sabendo
exatamente quem é. Que realidade esplêndida! Quando Davi compreendeu essas
tremendas verdades, ele gritou: ”Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e
guia-me pelo caminho certo”. (Sl 139.23,24). Faça dessa a sua oração .O Alvo da
Integridade: Torna-se Como Cristo Não seremos perfeitos até que alcançamos a
eternidade, mas Deus quer que desejemos ser como o seu Filho. Ele próprio fará
a obra em nós, transformando as nossas vidas cada vez mais, á medida que nos
entregarmos a Ele.Vamos decidir praticar a integridade e guiar as crianças a
fazerem o mesmo. Vamos pedir a Deus que nos torne professores cujas palavras
sejam confiáveis. Os jovens corações irão então abrir-se para receber de nós as
grandes verdades da Palavra de Deus.
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